domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Sagrada Liturgia à Luz da Transfiguração do Senhor

Durante o Tempo da Quaresma a Igreja faz a experiência de Cristo tentado no deserto, recapitulando as tentações de Adão e do povo de Israel no deserto e refletindo sobre este exílio terrestre. O antigo Adão e o povo de Deus sucubiram as tentações, porém o novo Adão e o novo povo de Deus "se revelam servos de Deus totalmente obedientes a vontade Divina" (CIC 539). Assim como Maria, o Cristo, a Igreja pronunciam o seus "fiat mihi secumdum verbum tuum", "faça-se em mim segundo a vossa palavra". Conforme a fé de Abrão, Deus promete a ele a sua descendência, a sua honra e lhes dá a terra prometida. Abrão oferece o sacrifício mandado por Deus. Mas quem realiza esse sacrifício, quem envia o fogo é o próprio Deus. Assim também pelo sim obediente de Maria ao plano de salvação, se realiza a Obra do Espírito Santo, aonde todas as gerações lhe chamarão Bem-aventurada e pela oblaço de seu Filho na Cruz, lhe é entregue a missão de Mãe e intercessora de toda humanidade.
O Concílio Vaticano II na Sacrossantum Concilium, ensina que: "a Liturgia não esgota o mistério da Igreja, mas é a sua fonte e o seu ápice". Ou seja, toda a atividade da Igreja depende de sua fonte e convergem para o seu ápice. Por isso a Liturgia deve ser bem celebrada, obedecendo-se todas as rubricas, pois não se está celebrando a nossa própria fé individual ou de uma comunidade, mas sim a FÉ DA IGREJA. "Lex Orandi, lex credendi est", "A LEI DA ORAÇÃO É A LEI DA FÉ".
O sacrifício da Santa Missa oferecido pelas mãos do sacerdote, não é ação do homem, mas sim ação do Espírito Santo que atualiza no hoje o único e eterno sacrifício de Cristo. É o Espírito Santo que conduz a assembleia a oração e que age por meio do ministro ordenado "in persona Christi", "na pessoa de Cristo". Por isso que devemos ser obedientes a Deus e a Igreja na celebração dos Divinos mistérios.
No Monte Tabor, Jesus revela a sua glória a Pedro, Tiago e João. Ao lado de Moisés e Elias, Jesus revela-se a união entre o antigo e novo Testamento e cumpridor da plenitude das leis e dos sacrifícios antigos. Na Liturgia, sobretudo na Santa Missa, o Senhor revela a sua glória, fala-nos das Escrituras e de sua vida e dá o seu próprio Corpo. É preciso purificar o olhar de nossa fé, para que alegres com a visão de sua glória, possamos ouvi-lo e atendê-lo por uma vida santa, humilde e fiel ao plano de Deus. Que Maria nos ensine a guardar todas estas coisas no coração e a revelar a sua glória a todos. Amém.

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