quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

DISCURSO DO SANTO PADRE BENTO XVI AOS BISPOS DOS REGIONAIS SUL 3 E SUL 4 DA CNBB EM VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM"

Sala do Consistório Sábado, 5 de Dezembro de 2009

Venerados Irmãos no Episcopado,
Dou as boas-vindas e saúdo a todos e cada um de vós, ao receber-vos colegialmente no quadro da vossa visita ad limina. Agradeço a Dom Murilo Krieger as expressões de devotada estima que me dirigiu em nome de todos vós e do povo confiado aos vossos cuidados pastorais nos Regionais Sul 3 e 4, expondo também os seus desafios e esperanças. Ouvindo estas coisas, sinto elevarem-se do meu coração ações de graças ao Senhor pelo dom da fé misericordiosamente concedido às vossas comunidades eclesiais e por elas zelosamente conservado e arduamente transmitido, em obediência ao mandato que Jesus nos deixou de levar a sua Boa Nova a toda a criatura, procurando impregnar de humanismo cristão a cultura atual.
Referindo-me à cultura, o pensamento dirige-se para dois lugares clássicos onde a mesma se forma e comunica – a universidade e a escola –, fixando a atenção principalmente nas comunidades acadêmicas que nasceram à sombra do humanismo cristão e nele se inspiram, honrando-se do nome «católicas». Ora «é precisamente na referência explícita e compartilhada de todos os membros da comunidade escolar – embora em graus diversos – à visão cristã que a escola é “católica”, já que nela os princípios evangélicos tornam-se normas educativas, motivações interiores e metas finais» (Congr. para a Educação Católica, Doc. A escola católica, n. 34). Possa ela, numa convicta sinergia com as famílias e com a comunidade eclesial, promover aquela unidade entre fé, cultura e vida que constitui a finalidade fundamental da educação cristã.
Entretanto também as escolas estatais, segundo diversas formas e modos, podem ser ajudadas na sua tarefa educativa pela presença de professores crentes – em primeiro lugar, mas não exclusivamente, os professores de religião católica – e de alunos formados cristãmente, assim como pela colaboração das famílias e pela própria comunidade cristã. Com efeito, uma sadia laicidade da escola não implica a negação da transcendência, nem uma mera neutralidade face àqueles requisitos e valores morais que se encontram na base de uma autêntica formação da pessoa, incluindo a educação religiosa.
A escola católica não pode ser pensada nem vive separada das outras instituições educativas. Está ao serviço da sociedade: desempenha uma função pública e um serviço de pública utilidade, não reservado apenas aos católicos, mas aberto a todos os que queiram usufruir de uma proposta educativa qualificada. O problema da sua paridade jurídica e econômica com a escola estatal só poderá ser corretamente impostado se partirmos do reconhecimento do papel primário das famílias e subsidiário das outras instituições educativas. Lê-se no artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos do Homem: «Os pais têm direito de prioridade na escolha do gênero de educação a ser ministrada aos próprios filhos». O empenho plurissecular da escola católica situa-se nesta direção, impelido por uma força ainda mais radical, ou seja, a força que faz de Cristo o centro do processo educativo.
Este processo, que tem início nas escolas primária e secundária, realiza-se de modo mais alto e especializado nas universidades. A Igreja foi sempre solidária com a universidade e com a sua vocação de conduzir o homem aos mais altos níveis do conhecimento da verdade e do domínio do mundo em todos os seus aspectos. Apraz-me tributar aqui a mais viva gratidão eclesial às diversas congregações religiosas que entre vós fundaram e suportam renomadas universidades, lembrando-lhes, porém, que estas não são uma propriedade de quem as fundou ou de quem as freqüenta, mas expressão da Igreja e do seu patrimônio de fé.
Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo. As suas seqüelas mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas. Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo que «a regra suprema da fé [da Igreja] provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de maneira independente» (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55). Que, no âmbito dos entes e comunidades eclesiais, o perdão oferecido e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim à tribulação da querida Igreja que peregrina nas Terras de Santa Cruz.
Venerados Irmãos no episcopado, na união a Cristo precede-nos e guia-nos a Virgem Maria, tão amada e venerada nas vossas dioceses e por todo o Brasil. Nela encontramos, pura e não deformada, a verdadeira essência da Igreja e assim, através dela, aprendemos a conhecer e a amar o mistério da Igreja que vive na história, sentimo-nos profundamente uma parte dela, tornamo-nos por nossa vez «almas eclesiais», aprendendo a resistir àquela «secularização interna» que ameaça a Igreja e os seus ensinamentos.
Enquanto peço ao Senhor que derrame a abundância da sua luz sobre todo o mundo brasileiro da escola, confio os seus protagonistas à proteção da Virgem Santíssima e concedo a vós, aos vossos sacerdotes, aos religiosos e religiosas, aos leigos empenhados, e a todos os fiéis das vossas dioceses paterna Bênção Apostólica.

© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana
FONTE: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2009/december/documents/hf_ben-xvi_spe_20091205_ad-limina-brasile_po.html

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Relíquias de Dom Bosco em Rio Grande

Rio Grande, tem paróquia salesiana, graças a Deus! Por isso que com muito orgulho publico o itinerário da celebração com os restos mortais de São João Bosco:



Destino da urna com relíquias de João Bosco em Rio Grande


A urna chegará no Rio Grande às 10h do dia 28 de novembro e será recepcionada no pórtico da cidade e levada em carreata pelas ruas centrais da cidade, até o Liceu Salesiano, onde receberá homenagem de autoridades e do povo em geral. Posteriormente a urna permanecerá na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Os alunos do colégio farão uma grande encenação artística às 15h do dia 28. Em seguida, haverá celebração da missa, às 18h, e a projeção de um filme sobre a vida de João Bosco, às 20h. Às 22h, será celebrada uma Missa Jovem, a partir da meia-noite será feita uma vigília de orações, depoimentos, testemunhos e manifestações artísticas de cantos e danças. Às 4h, será feita uma celebração de despedida e, às 5h, a urna de João Bosco partirá para Porto Alegre, em visita às casas salesianas da Capital.


Fonte: Jornal Agora http://www.jornalagora.com.br/


Agora essas Missas jovens, Deus nos livre! E digo uma coisa: a vinda das relíquias de Dom Bosco a Rio Grande não será nada litúrgica. Me lembro das relíquias de santa Teresinha quando estiveram em Rio Grande, embora com aquele "show" carismático, pelo menos tinha incenso, sinetas e Rito. Dessa vez nem isso terá. Vai ser só bagunça. Libera nos Domine!

Visita "ad limina apostolorum"




Semana que vem será a vez do meu bispo, Dom José Mário Ströher, que é presidente regional da CNBB com os demais bispos do Rio Grande do Sul (Regional Sul 3) a terem audiência com o Santo Padre. Estou ansioso sobre o que o Papa falará a eles.


Esta foto ao lado eu salvei do site da diocese, que atualmente não está funcionando. Essa deve ter sido a primeira visita "ad limina" de dom José Mário com o Papa João Paulo II. Existe uma outra foto do bispo com o Papa em 1997, da festa da Cátedra de São Pedro. Esta última se encontra em todas as paróquias de Rio Grande. E também a sua última viagem a Roma em janeiro de 2008 com o Papa Bento XVI.


Engraçado que quando os bispos se apresentam diante do chefão, eles põem a fada. Nada de "comunhão, participação e blábláblá". São todos ortoxos, um grupo chegou até celebrar "Versus Deum", vejam:


Hehe... desta vez se deram mal. Os bispos do sul 1, sim, esses mesmos de São Paulo aonde a libertinagem litúrgica rola solta, aonde se "celebra a vida e a realidade do povo", um desses nega dogmamente a Missa Tridentina para osa fiéis, foram obrigados a celebrar de costas para o povo, tudo porque na Basílica de Santa Maria Maior não tem um altar "Versus Populum". Que duro golpe!

Agora eu pergunto: Por que eles não cebraram a Missa Afro? Por que não celebraram uma Missa de Cura e Libertação? Por que não celebraram uma Missa do estilo TL, com uma vela só no altar, a cruz fora do presbitério e os padres só de estolinha? Será que o Santo Padre ficaria chocado? Por que esconder a espiritualidade e a cultura do povo brasileiro?

Me preocupa essa dupla característica dos bispos brasileiros. O que será que vai escrito no relatório entregue ao Vaticano? Só Deus e o Papa sabem...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Domingo será o encerramento do ano Litúrgico


Próximo domingo, dia 22, será a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Esta festa criada pelo Papa Pio XI, evoca a realeza de Cristo sobre todas as coisas. É a festa da parusia, quando o Rei, supremo Senhor julgará todas as coisas. Esta festa outrora no Rito Antigo era celebrada no final de outubro e com a reforma do Vaticano II, passou-se a se celebrar no último domingo do Tempo Comum, como encerramento do Ano Litúrgico. A Festa de Cristo Rei, abre espaço para o Advento e as comemorações natalinas.


Nesse dia, embora esteja esquecido, é celebrado o canto do Te Deum á tarde diante do Santíssimo Sacramento e se faz o Ato de Consagração do Genero Humano ao Sagrado Coração de Jesus. E ganha-se a Indulgencia Plenária. Mais do que uma simples solenidade litúrgica, ela tem muita importancia nas nossas vidas. É a festa do Rei da nossa vida, do nosso coração, da nossa cidade, do nosso país, enfim de todo o universo. Por isso nada mais justo cantar o Te Deum de Ação de Graças e consagrar nosso genero humano ao seu Sagrado coração. Quem dara que todas as paróquias e comunidades fizessem o Rito do Te Deum!

Sexta, dia 20 será a vez de Rio Grande ter a dita "Missa" Afro






















É meus irmãos, a muitos anos aqui no Rio Grande tem a chamada "Missa da Consciencia negra" e pasmem a partir dos últimos 3 anos passou a ocorrer na Catedral. Desde o ano passado, graças a Deus não é mais Missa é celebração, mas mesmo assim eu lamento a profanação que é feita dentro da Catedral. Mas em relação as outras cidades, vejo que é menos escandalosa. As tais oferendas não são postas em cima do altar. Eles não dão mais a comunhão (pararam porque os "pais de santos" comungavam e saíam possuídos, dançando) é pão de cachorrão mesmo. Pra serem mais litúrgicos só faltam cantarem aquela música da escrava Isaura na entrada: "Lêrerere... lêrererererere"... Neste ano quem vai fazer a tal celebração vai ser a néo-sacerdote padre Cleomar (na ordenação dele entrou até cebola...).
O pessoal do seminário quer que eu vá pra me divertir das palhaçadas que eles fazem, eu fui em 2007 quando era Missa pra olhar, e me arrependi. Rir duns troços desses é até pecado! Mas pensando bem (pasmem) essa é a Missa mais litúrgica da Diocese, porque é a única em que os padres obedecem o ritual e não tem dancinhas!

Quem dera tivessemos a Missa da Consciencia latina e gregoriana!



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Novo ramo pentecostal!



Pois é meus irmãos. Agora existe até culto online para os pentecostais em Curitiba. Perderam a noção do espaço sagrado, da sacralidade de um templo e espaço sagrado de culto. Tudo vale. "Deus está em qualquer lugar, pra que ir a igreja"? Isso é fruto do modernismo exacerbado, da perda de valores e da cultura cristã.

Rir pra não chorar!

Essa foto achei no site de relacionamento de Jeber, meu amigo, que esteve em Curitiba para um retiro Carmelita.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Entrevista do cardeal Odilo Scherer no programa do Jô

A entrevista de sua eminencia, o Cardeal arcebispo de São Paulo Dom Odilo Pedro Scherer, foi um consolo para quem assistiu impotente aquela nevasta entrevista de um sacerdote em maio. A entrevista foi exibida na quarta-feira, dia 7 de outubro. Confesso que quando ia dormir e vi o anúncio da entrevista, tive que ficar acordado. Foi um bom esclarecimento sobre as "meias verdades" e as "mentiras".
De modo tranquilo, sereno e até mesmo descontraído Dom Odilo respondeu a cada pergunta até mesmo indiscreta do apresentador Jô Soares. Muitos pontos e polemicas foram esclarecidas pelo purpurado, como:
a) Se era parente do saudoso Cardeal Arcebispo de Porto alegre Dom Vicente Scherer, ao qual respondeu que era parente distante;
b) Como se deu sua vinda para São Paulo e sua nomeação para Arcebispo, no qual obviamente não deu muitos detalhes;
c) Sobre o Celibato dos padres, que ao contrário de muitos bispos, afirmou que não há argumentos convincentes para liberá-lo. Explicou também que ninguém é obrigado a ser padre, e que o celibato é condição de abraçar o sacerdócio. Não é celibatário não pode ser padre. (Que duro golpe contra os modernistas!)
d) Sobre o uso do preservativo, sobre os casais de segunda união e o "sexo precoce": Dom Odilo não tocou em doutrina, deu uma resposta pastoral sobre o assunto. Explicou que o casamento "não é um dogma, mas uma afirmação moral da igreja", explicou também que "de um bom tempo para cá, a Igreja vem afirmando que o sexo, não é somente para reprodução, mas para a união do casal, mas ele também tem que estar aberto a vida" e que os casais de segunda uniao não estão eexcomungados da Igreja, fazem parte da Igreja, mas não podem se aproximar da Eucaristia. Nisso Jô, foi mais insistente (pois toca a ele) e deu aquele chavão modernista: "é a mesma coisa estar numa festa, e vir o dono com a sobre mesa e dizer 'não tu não pode, tu é diabético'". Dom Odilo respondeu sobre alguns padres (não pouco, mas muitos, diga-se de passagem) que orientam alguns casais a comungarem e disse que "os padres não estao estão autorizados a passarem por cima da norma da igreja, e se alguém entrar na fila da comunhão e ele souber não deve dá-la". (Mais uma vez pegou os moderninhos) . Ele disse que a posição particular da Igreja sobre o preservativo e ao sexo antes do casamento ao qual ele chamou de sexo precoce, disse que as "pessoas devem se proteger das doenças, mas no devem fazer só uma proteção de doença". O preservativo pode banalizar o sexo, e o sexo é algo sagrado, importante, fecha o sexo para a vida tornando algo egoísta, de prazer. Quanto aos jovens e adolescentes ele disse que "necessitam de uma educação, o que pensam os educadores e antropólogos sobre o sexo precoce. Será que isso é bom para vida adulta?" Quanto essas últimas penso que ao cita educadoes e ant´ropólogos ele não foi tão feliz, mas foi convincente.
Por último as bobagens e piadas indiscretas do apresentador Jô Soares, no qual Dom Odilo, digamos deu um show de simpatia.
Aqui está os links do you tube, toda entrevista em quatro partes:
http://www.youtube.com/watch?v=QI1536Tq-7A
http://www.youtube.com/watch?v=bnALJq6t31Y
http://www.youtube.com/watch?v=FbL0UFQ8kBg
http://www.youtube.com/watch?v=jx5Zg5sJgjM

terça-feira, 23 de junho de 2009

Missa Solene (improvisada) na Obra Missionária

Você Coroinha, Sacristão e Mestre de Cerimônia, que trabalha em comunidades humildes, uma ótima sugestão que dou é pedir para as paróquias e capelas aquelas casulas antigas, lindas, atiradas no fundo do armário para doação e trazê-las de volta ao uso. Veja um exemplo de Sacralidade:






A residência da Obra Missionária em Rio Grande se encontra em obra desde janeiro, inclusive a nova Capela da casa. Por isso quando o Frei tem que celebrar em casa, ele celebra numa sala. Então improvisei uma mesa, arrumei as toalhas, a Cruz e os castiçais. Tudo isto não fazemos para nos vangloriar, mas honrar a Majestade de Nosso Senhor Senhor Jesus Cristo.




CRISTO É O NOSSO ORIENTE!







domingo, 14 de junho de 2009

Corpus Christi 2009

E aí, como foi o Corpus Christi na sua Diocese? Sei que na maioria das Dioceses não tem uma Celebração, digamos padronizada. Sempre tem alguns errinhos. Aqui em Rio Grande foi bonito, tirando a Pluvial que o Bispo usou durante a Missa, o Altar com flores e sem cruz e castiçais; o palco-presbitério apertado com todos os padres e mais os leitores e músicos e outros detalhes.
Aqui ponho as fotos da Missa e Procissão:


VIVA JESUS NA SANTÍSSIMA EUCARISTIA!

Veritatis Splendor diz o que a RCC realmente é

O Apostolado Veritatis Splendor sempre correto na sua ortodoxia católica e seguindo fielmente a Santa Sé na fiel interpretação da hermenêutica do Concílio Vaticano II, CONDENA OS ABUSOS DE CERTOS GRUPOS TANTO "LIBERAIS", QUANTO "ULTRA-TRADICIONALISTAS". Mas segue aquilo que está nas instruções e nos documentos pontifícios. Assim, Pedro Ravazzano que escreve para o site, respondeu em síntese para um leitor, as críticas sobre este movimento, o que é e o que ele não é.
http://www.veritatis.com.br/article/5733/a-polemica-continua-a-rcc-e-certos-leitores
Ora, como já disse na primeira postagem deste blog http://sacramentumcaritatis.blogspot.com/2009/02/eucaristia-fonte-de-comunhao-com-deus-e.html, na Igreja não há ruptura mas, continuidade. Mas existe (e muitos) pseudo-carismáticos que proclamam uma ruptura inerente com o passado da Igreja, de tal forma como se a Igreja pré-Vaticano II, não fosse a Igreja do Espírito Santo. Muitos ausdaciosamente não a vivem como um movimento mas como A RENOVAÇÃO DA IGREJA! A RCC não é uma seita dentro do catolicismo. É um grupo especial com um ESPIRITUALIDADE ESPECÍFICA. A Igreja não precisa de "avivamento" e outas coisas do genêro para alimentar a sua fé. Sua Espiritualidade, doutrina e Liturgia é MAIS DO QUE SUFICIENTE para todo Cristão.
O carisma da RCC é de suma importância para a Igreja. Dela se formam ada vez mais Sacerdotes, conscientes de sua missão e ALGUNS DELES, SALVO RARAS EXCEÇÕES, REVERENTES A SAGRADA LITURGIA. Mas o que mancha este movimento é a pretensão "EXTRA RCC NULLA SALUS!". "Fora da RCC não há salvação"! A RCC foi criada para auxiliar a Igreja na conversão das almas, e não para criar uma revolução contra a cultura e o depósito católico desviando fiéis de caminhada, com espiritualidade formada, para o seu grupo e banalizando a Liturgia e principalmente a Glossolalia.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O Padrão de Qualidade dos Coroinhas e Mestres de Cerimônias



Caríssimos irmãos e irmãs:



Passei um mês inteiro sem postar nada devido alguns compromissos e também procurando assunto...




Bom, indo direto ao assunto: muitas vezes nas nossas paróquias se vemos "perdidos" entre os estilos dos Sacerdotes e dos Bispos. "Um ensina que é assim, outro ensina que é assado". Óbvio, que devemos respeitar o jeito do sacerdote, mas isso não significa que estamos sendo conivente com os erros e abusos litúrgicos. Quando eu era Coroinha na minha paróquia, o Coordenador reuniu os Coroinhas e estudou a Redemptionis Sacramentum em 2004. E a partir daí se proibiu os coroinhas de baterem palmas durante a Missa, descer do presbitério no abraço da paz e de erguer as mãos na Doxologia ("Por Cristo, com Cristo e em Cristo"). Claro, esta decisão causou muito barulho na paróquia. Aí recebemos todos os adjetivos bonitos: antiquados, conservadores, generais e etc..., mas organizamos melhor a Liturgia.




Em 2006, quando eu assumi, passei a estudar a IGMR (Instrução Geral do Missal Romano), a ler os livros de Liturgia (que na maioria das vezes mais confundam do que ajudam) e a assistir pela televisão as Missas do Papa no Vaticano. Aí instituí as mãos juntas durante as orações (pois a túnica que tinhamos era uma Beneditina branca com cíngulo e terço), e não mãos postas debaixo do escapulário. Muitos saíram. Mas ficamos com a qualidade! Daí começamos a ter noção dos abusos que existiam na Liturgia...




Daí vem padre fulano e Pe. Beltrano e etc... "é assim, não é, tá errado"...




Chega! Chega de ficar pagando micos para Padres e Bispos e ficar pagando o pato dos outros! Seus problemas acabaram! Chegou agora, o PADRÃO DE QUALIDADE PUERI CHORUM!




Leia a INSTRUÇÃO "TUTORIAL" DO MISSAL ROMANO e no caso de uma Missa com Bispo, O CERIMONIAL DOS BISPOS. Seguindo estes dois tutoriais você fará uma Liturgia bem celebrada, sóbria, solene e sacra. E se algum padre ou leigo quiser ensinar o "padre" a rezar a Missa, mostre quem está com a razão! Com esses livros e outras orientações da Santa Sé e da CNBB, você poderá exercer a sua função sem medo:




_"O seu... batina e sobrepeliz é só pra padre"




_ "Não, está aqui no Cerimonial, nº tal, que os varões usem batina talar com sobrepeliz"




_ "Aí, seu Mestre!"








Compre hoje mesmo esse tutorial, é mais uma da:




ORGANIZAÇÕES ACOLITATA!








Um pouco de humor nessa confusão toda! Mas falando sério, se o Sacerdote for um pouco mais aberto, principalmente jovem vai dialogando, vai explicando os parágrafos, é assim que eu faço. Muitas vezes eles erram por ignorância... Hoje mesmo o Bispo aqui na minha Diocese celebrou a Missa de Corpus Christi de Capa Pluvial (voltou ao Rito Antigo, hehe...) e ontem na adoração após a Missa não quis trocar a casula pela pluvial. O que eu vou fazer? A gente faz a liturgia dentro do possível.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A SACRAMENTUM CARITATIS E O... Celibato Sacerdotal

Depois de muitas discussões sobre o assunto, o escândalo do presidente do Paraguai e ex-bispo Fernando Lugo e também o tema da 47ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil "Formação do Clero" que aproveitou a ocasião pra falar sobre o celibato, agora eu trago uma reflexão do Papa Bento XVI, (que inclusive nesta semana está em visita ao Oriente Médio) na sua exoratação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis.
A partir de agora, farei uma série de matérias sobre a "Sacramentum Caritatis e o..." qualquer assunto explicitado ou insinuado na mesma. Hoje vamos falar sobre o celibato.
Todos nós sabemos o quanto é penoso, principalmente no mundo atual, viver na solidão. Falo solidão, porque ao olhar estes "casais, namorados e outras coisas do gênero" naturalmente, no subconsciente sentimos vontade de fazer a mesma coisa. No entanto, a vida matrimonial não se resume somente ao prazer e ao sexo, e no caso do namoro, o beijo. Essas coisas são apenas expressão da vida conjugal e do amor pelo outro. O ato sexual não esgota o matrimônio, mas é seu começo e seu ápice. Como dizia um grande padre catequista do nosso Brasil, cujo agora esqueci o nome: "o sexo é a Liturgia do amor". Assim, a vida conjugal se dá não somente pelas relações mas também pelo dia-dia que é o lado difícil da moeda! É no dia-a-dia é que o amor conjugal forma as suas bases, a sua vida, os seus sonhos. Da mesma forma é no dia-a-dia é que o Sacerdote, a Igreja constroem o Reino de Deus.
O Concílio Vaticano II nos ensina, que a "Liturgia não esgota todo o mistério da Igreja, mas é sua fonte e seu ápice". E ainda: que a norma da oração é a norma da fé. Aquilo que professamos é aquilo que vivemos. De nada adianta fazermos uma liturgia solene, bela e sacra, se nosso coração não corresponde pelos atos. Assim mesmo é o matrimônio: hoje, mais do que nunca, a Igreja deve ensinar os noivos a viver a vida matrimonial. Casamento significa compromisso, amor, construção, partilha e submissão. Da mesma forma o Sacerdócio, mas de forma distinta.
Os sacramentos da Ordem e do Matrimônio são os "Sacramentos do Serviço da Comunhão" como ensina o Catecismo da Igreja Católica. Cada um ao abraçar um desses serviços deve estar consciente da sua missão, das privações e de todas as suas consequencias. Enfim, o próprio Santo Padre Bento XVI, na sua exortação sobre a Eucaristia "Sacramentum Caritatis" confirma a tradição latina da obrigatoriedade do celibato. Os Bispos nas Igrejas orientais são escolhidos só dentre os presbíteros celibatários. Que o celibato abraçado por numerosos presbíteros nas Igrejas Orientais comprovam o carácter espiritual do celibato, e não uma coisa meramente disciplinar. Pois Cristo até a Cruz viveu a sua virgindade de forma integral, e que "outros se fazem eunucos por amor do Reino dos Céus" (Evangelho de São Mateus). Este é o maior referencial de conformação a Cristo. O Sacerdote in persona Christi se entrega a esposa (a Igreja). Por último o celibato se torna uma fonte de Bênçãos para a Igeja e a sociedade. Quem quiser ler este parágrafo da Exortação é só ler o parágrafo 24.

Bibliogragia:

Bento XVI. Exortação Apostólica Pós-sinodal Sacramentum Caritatis. São Paulo: Ed. Paulinas, 2007

CATECISMO da Igreja Católica. São Paulo: Edições Loyola, 2000, p. 420.

domingo, 3 de maio de 2009

Padre Eliano, sjs, fala da importância desta oração


No programa "Em sintonia com Deus", você é convidado a se aprofundar na espiritualidade da Liturgia das Horas. Padre Eliano, sjs, da Fraternidade Jesus Salvador, que reza com você a Oração das Vésperas, partilha um pouco da importância desta oração:
“Mas, quando vier o Filho do homem, acaso achará fé sobre a terra?” (Lc. 18, 8b) “A liturgia das horas é antes de tudo oração de louvor e petição, oração da Igreja com Cristo e a Cristo. Cristo é o orante do Pai por excelência, que se dignou deixar-nos também exemplos de oração, já que sua atividade cotidiana foi totalmente marcada pela oração, alma de seu ministério messiânico, e do termo pascal de sua vida. O preceito da oração constitui portanto um mandado de Cristo, uma necessidade da alma. Oração que deve ser humilde, vigilante, perseverante e confiante na bondade do Pai, de intenção pura e conforme a vontade de Deus. Devemos orar no Espírito Santo, por Cristo, de forma assídua e insistente, para que então essa oração seja fecunda, eficaz e santificadora. A oração da liturgia das horas é um instrumento privilegiado que favorece a unidade da Igreja orante, sendo alimento à fé dos fiéis. É na ação do Espírito Santo, que a Igreja é unificada e conduzida a perfeição: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (At. 4, 32).
Tal realidade expressa concretamente a dimensão comunitária dessa oração, já que o próprio Cristo afirmou: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt. 18, 20). Como Igreja de Deus temos por missão elevar ao Pai, em Cristo, um “perene sacrifício de louvor” (cf. Hb. 13, 15), obedientes ao mandado de “orar sempre e nunca desistir” (cf. Lc. 18, 1). Através da liturgia das horas temos a graça de “consagrar todo o curso do nosso dia e da noite” (cf. SC, n. 83-84). Pois, “a santificação do dia e de toda a atividade humana é finalidade da Liturgia das horas” (cf. SC, n. 88). Desse modo, fica evidente que ao consagrarmos o tempo, a atividade humana, o diálogo entre Deus e os homens fica estabelecido como realidade central da vida. O homem é assim santificado, feito testemunha, sinal vivo e autêntico da presença de Deus no mundo. A oração da Liturgia das Horas quando vivida com devoção e amor, unindo mente, coração e lábios, torna-se para todos os fiéis direção e fonte de santificação pessoal e comunitária. Já que a oração constituí o respiro da alma, supliquemos a Deus, que o seu Filho Jesus, ore por nós e em nós, de modo que Nele (Jesus), vivamos uma íntima e profunda comunhão com a Trindade Santa.”


Padre Eliano Luiz Gonçalves, sjs Fraternidade Jesus Salvador

Prior Local da Missão Salvista na Comunidade Canção Nova

Acompanhe a Oração das Vésperas, às terças e sextas-feiras, às 18h40.



Muito obrigado Canção Nova, por promover esta belíssima devoção entre o povo. Mas ela pode ser melhor celebrada com cantos.

domingo, 26 de abril de 2009

Aprovado Ritual de Admissão de Coroinhas "ad experimentum" em Santa Cruz do Sul


A Pastoral dos Coroinhas da Diocese da Santa Cruz do Sul- RS, elaborou um Ritual de admissão para coroinhas. O Bispo Diocesano de Santa Cruz, Dom Aluísio Sinésio Bohn, aprovou o Rito temporariamente por 5 anos, "ad experimentum" como esta pastoral ainda não foi aprovada pela CNBB, nem pela Santa Sé.

Parabéns Coroinhas de Santa Cruz! Parabéns veneráveis assessores, por disponibilizar este trabalho!

Abaixo coloco o link do Ritual de Vestinção e a página do site. Ah, que exemplo de Diocese!


sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Divina Misericórdia


Neste próximo domindo, dia 19, 2º domingo da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericódia. Esta festa foi instituída pelo Papa João Paulo II em 2002, e que por providência divina, morreu nas vésperas desta festa.

Mas quero chamar a atenção para o evangelho: neste domingo dentro da oitava da Páscoa, Jesus reaparece aos apóstolos em companhia de Tomé. Tomé não estava com eles no dia da ressurreição, no entanto ao receber o testemunho das mulheres e dos apóstolos, ele foi incrédulo e disse: "Se eu não ver nas mãos os sinais dos cravos, e não puser o dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não acreditarei". Ao ver Jesus Ressuscitado e com os cravos, Tomé faz a Proffissão de Fé: "Meu Senhor e meu Deus"! Jesus lhe responde: "Felizes os que não viram e creram".

Jesus neste mesmo evangelho institui o Sacramento da Reconciliação, da Confissão e da Penitência. "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados e a quem não os perdoades eles lhes serão retidos." Do Mistério Pascal, nasce o sacramento de cura e restauração. A paz que Jesus deseja, não é simplesmente a ausência de guerra, mas sim a paz que vem do "envio", da missão, do perdão e da fé. A Paz procede unicamente da nossa união com ele.

Mas perguntemo-nos: Em quem Tomé, não acreditou? Em Cristo? Não! Ele não acreditou foi na IGREJA QUE ERAM OS APÓSTOLOS ALI REUNIDOS. Por isso, não se pode separar a cabeça do corpo. Cristo nos prometeu o Espírito Santo até o fim dos tempos e a sua revelação. Isto acontece graças a Sagrada Tradição e o Magistério Infalível da Igreja. No final do cápítulo 20, o evangelho de São João explica: "Jesus fez ainda muitos outros sinais na presença dos discípulos, mas não foram escritos neste livro. Estes porém foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome."

A autoridade da Igreja é confirmada pela Divina Misericórdia, pelo nome de Jesus! Da Igreja brotam sangue e água viva para toda a humanidade. E este tesouro da misericórdia é inesgotável, se transmitindo pelos milênios afora. Damos glórias a Deus, que instituiu o Santo Sacrifício da Missa, fonte de salvação para toda a humanidade. Livrai-nos senhor, de tantas heresias, atrocidades, sacrilégios contra o vosso Santíssimo Sacramento. Lava esta humanidade no vosso sangue! Que todos sejamos purificados pela Fé invisível no vosso Corpo e no vosso Sangue. Que todos os incrédulos, sem exceção confiem na autoridade da Igreja e recorram o auxílio da Bem-aventurada Virgem Maria, e que reconhecendo-vos ao partir o pão, digam: "Meu Senhor e meu Deus". Pela vossa infinita misericórdia, concedei-nos celebrar incessantemente o vosso Sacrifício e nosso amor por nós, de modo perfeito, digno e justo.


Jesus, eu confio em vós!

Parabéns Santo Padre! Parabéns Dom José!



Ontem, dia 16 foi uma data importante. O Santo Padre, o Papa Bento XVI, completou 82 anos de vida. E quanta vitalidade! Afinal, aquele cuja imprensa anunciava que seria um Papa de "transição", que tinha "saúde frágil", está dando um show de disposição. Basta ver as Missas muito bem celebradas com ânimo, rapidez e paciência. Bento XVI não demonstra cansaço, caminha que nem um jovem. Que Deus lhe dê muita saúde, Josef Ratzinger! E que nós possamos comemorar o centenário do seu nascimento!


Também no mesmo dia, Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife, foi premiado pela HUMAN LIFE INTERNATIONAL. Ele recebeu o prêmio "Von Galen". Von Galen foi um Cardeal almão que lutou contra o nazismo. Dom José merece este prêmio, pois teve a coragem de enfrentar a impopularidade, a mídia falaciosa e lobos disfarçados de ovelhas! Que Deus sempre o conserve com o ardo dos mártires!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

MISSA TRIDENTINA JÁ!







Graças à Deus! Ganhamos domingo, da Capela do Bom Jesus Crucificado, do antigo hospital da Beneficiência Portuguesa, o MISSAL TRIDENTINO! Está em perfeito estado, e junto o Missal quotidiano, uma edição da CNBB em 1959, explicando de forma ascética, dogmática e litúrgica. Bons tempos eram aqueles!





Depois do Frei, aprender todas as rubricas do Missal, e celebrar várias vezes privadamente na forma simplex, queremos celebrar uma vez por mês na Igreja da Conceição. Mas precisamos de assinaturas, pois o Frei Giribone deverá conversar com Dom José Mário, embora não precisasse. Precisamos de no mínimo 30 assinaturas! Já disse em outro post, que aqui o povo não levantará uma palha, pra uma Missa em latim e no Canto Gregoriano. No entanto, alguns são simpatizantes, principalmente senhoras e algumas pessoas que se afastaram da Igreja após a reforma. Alguns jovens também tem curiosidade em conhecer o Rito Antigo. . Como diz o ditado popular: "Devagar a galinha enche o papo". Assim, vamos fazendo uma catequeze mistagógia com o povo explicando as diferenças, e a importâncias deste Rito para a Igreja.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O OFÍCIO DIVINO: PARTE POR PARTE II- O MODO DE CELEBRAR

OFÍCIO DIVINO

"A oração pública e comum do povo de Deus é considerada com razão entre as principais funções da Igreja. Nos primórdios, já os batizados ‘eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações.’ (At 2, 42). Várias vezes atestam os Atos dos Apóstolos que a comunidade cristã o orava em comum.
Os documentos da Igreja primitiva testemunham também que os fiéis, cada um em particular, se entregavam oração em determinadas horas. Assim, muito cedo prevaleceu, em diversas regiões, o costume de reservar para a prece comum tempos fixos, como a última hora do dia, ao anoitecer, quando se acendiam as luzes, ou a primeira, quando, saindo o sol, a noite finda.
Com o decorrer do tempo, chegaram a santificar com uma prece comum também as demais horas, que os Padres viam insinuadas nos Atos dos Apóstolos. Aí, de fato, aparecem os discípulos reunidos as nove horas. O príncipe dos Apóstolos ‘subiu ao terraço para orar as doze horas’ (10, 9). ‘Pedro e João subiam ao templo hora da oração das quinze horas’ (3, 1). ‘Por volta de meia-noite, Paulo e Silas, em oração, louvavam a Deus’ (16, 25).
Essas orações, celebradas em comum, foram pouco a pouco aperfeiçoadas e organizadas como o ciclo completo das horas. Enriqucidas com leituras, essa Liturgia das Horas ou Ofício Divino, é antes de tudo oração de louvor e petição, e é a oração da Igreja com Cristo e a Cristo."

PAULO VI. Instrução Geral da Liturgia das Horas. São Paulo: Ed. Paulus.
(Leia-se a Instruçã o Geral da Liturgia das horas (IGLH), no início do Breviário, na página 13)

A SANTIFICAÇ O DO DIA OU AS DIVERSAS HORAS DO OFÍCIO DIVINO
Laudes e Vésperas

"Segundo uma venerável tradição de toda a Igreja, as Laudes, como oração da manhã , e as Vésperas, como oração da tarde, constituem como que os dois pólos do ofício quotidiano. Sejam consideradas como as horas principais e como tais sejam celebradas". (Sacrossancto Concilium).
A oração das Laudes possui caráter matutino, de consagrar desde cedo, o dia a Deus. Essa hora é celebra ao amanhecer do dia entre às 5 e 6:30 da manhã . Recordamos a luz do sol que nasce, do novo dia da ressurreição.
As Vésperas são celebradas no fim da tarde entre às 17 e 18:30 horas. Possui o caráter de "sacrifício vespertino", quando o Senhor se ofereceu aos Apóstolos na última ceia, ou aquele outro Sacrifício Redentor, em que derramou seu Sangue na Cruz. Recordamos o Mistério da Morte e a feliz esperança na Ressurreição. As Vésperas marcam sempre o início do dia litúrgico solene. Em todas as Solenidades, exceto no Tríduo Pascal, se celebram as I Vésperas na tarde do dia anterior, como: sábado (I Vésperas do domingo); 24 de dezembro (I Vésperas do Natal); 31 de dezembro (I Vésperas da M e de Deus) e etc...
Portanto, a Missa de sábado, ou de qualquer tarde anterior ao dia litúrgico, como dia 18 (I Vésperas da solenidade de São José) é a Missa própria do dia seguinte.
As Laudes e Vésperas possuem em comum os Hinos, dois salmos e um cântico, uma leitura breve ou longa (que pode ser substituída pelo evangelho do dia, ou outra leitura conveniente), um responsório breve; um Cântico Evangélico, de manh (Benedictus), tarde (Magnificat); oraç o dos fiéis; Pai-Nosso; oração conclusiva (oração do dia da Missa) e Bênção Final (se tiver Sacerdote ou Diácono).

Hora Média

Como já foi dito essas horas foram consagradas pela Igreja. A Hora Prima (oração das seis horas) foi suprimida pelo Concílio Vaticano II, pois já corresponde s Laudes. Já as Horas Terça (oração das nove horas), Sexta (oração das doze horas) e Noa (oração das quinze horas) foram mantidas segundo a tradição. Possuem os mesmos salmos. A cada três horas muda-se a leitura breve e a Oração conclusiva conforme a hora. Por exemplo: a oração do meio-dia vai falar sobre a crucificação, já a das 15 horas vai falar sobre a morte do Senhor. No final se diz:

V. Benedicamos Domino
R. Deo Gratias!
Ou, em português:

V. Bendigamos ao Senhor
R. Demos graças Deus!

Quando se reza uma só hora, como a do Breviário compactado, se reza somente a Oração das Doze Horas (Hora Média).

Completas

É a última oração do dia. Reza-se antes de deitar, mesmo depois da meia-noite. Depois do versículo introdutório, se faz o exame de consciência. Depois de um certo tempo de silêncio faz-se o Ato Penitencial com uma das diversas fórmulas do Missal Romano, como o Confiteor, o Kyrie e o Miserere Nostri.
Depois canta-se ou recita-se o hino. Canta-se ou recita-se um ou dois breves salmos. Segue-se o responsório breve, o Cântico Evangélico do Nunc Dimittis ("Agora, podes deixar..."), a oração conclusiva, e depois se diz:

V. O Senhor todo-poderoso, nos conceda uma noite tranqüila e no fim da vida uma morte santa.
R. Amém.

Depois reza-se uma das Antífonas marianas, como o Alma Redemptoris Mater (ciclo do Natal), Ave Regina Caelorum (da Apresentação do Senhor até a Semana Santa), Regina Caeli (Tempo Pascal), Salve Regina (da segunda-feira depois de Pentecostes até Cristo Rei) ou o Sub Tuum praesidium.
Ofício de leituras

É a antiga oração das Matinas, rezadas meia-noite ou no meio da madrugada. Foi adaptada para as diversas horas do dia. Antiga oração dos monjes, se constitui se duas leituras uma da Bíblia e outra da patrística dos Santos Padres e Doutores da Igreja. a legítima oração matutina e contém todo o tesouro da Palavra de Deus. Possui três salmos com dois responsórios breves. Quando rezada de madrugada ou de manhã é precedida pelo invitatório.

COMO SE REZA

Versículo introdutório

Quando as Laudes for a primeira oração do dia:

V. Abri, meu lábios, ó Senhor
R. E a minha boca anunciará o vosso louvor

Quando as Laudes forem rezadas depois do Invitatório e do Ofício de leituras:

V. Deus adjuntorium meum intende
R. Adjiuntorium me festina
Gloria in Patri et Filio et Spiritu Sancti,
sicut erat principio, nunc et semper et in saecula saeculorum. Amém. (Alleluia)
(Omite-se a aleluia desde a Quarta-feira de cinzas até a Vigília Pascal).

Ou, em português:

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio
R. Socorrei-me sem demora
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. (Aleluia).

Obs.: Este versículo introdutório abre todas as horas.
Hinos

Depois se reza o hino próprio do dia, do tempo ou do saltério.
Salmos e cânticos

Cada salmo e cântico possui sua antífona. Reza-se a antífona juntos, uma só vez. Depois reza-se o salmo por inteiro, alternado por estrofes (parágrafos) ou versos (travessão). No final se diz GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO. COMO ERA NO PRINCÍPIO, AGORA E SEMPRE. AMÉM. Depois repete-se a antífona.
Responsório breve

Chegamos a parte difícil do breviário. O refrão é anunciado pelo solista e depois assembleia o repete. Este refrão contém um asterisco no meio da frase. Depois, o solista diz a sua invocação e todos repetem a segunda parte do refrão. Novamente o solista invoca: GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO, (E N O É COMO ERA NO PRINCÍPIO, AGORA E SEMPRE. AMÉM. Depois todos repetem o refrão por completo.
Cântico Evangélico

Funciona como o salmo. Tem o seu refrão.
Oração dos fiéis e Pai-nosso

É como na Missa. Nas Vésperas a oração pelos mortos deve sempre ser a última. O Pai-nosso quando em conjunto, se faz o convite.
Oração conclusiva

Nas Laudes, Vésperas, hora média e Ofício de leituras é a oração da coleta ou do dia, da Missa. Nas Completas é a própria do dia da semana. Por exemplo: domingos e solenidades, segunda, terça... Ah! E não se faz o convite "oremus".
Bênção Final ou conclusão

Nas Laudes e Vésperas, o sacerdote ou o Diácono dá a Bênção. Nas demais horas se diz ou o Benedicamos (Hora Média) ou o Nocte.
Na celebração comunitária ou individual, e quando não tiver Sacerdote ou Diácono, quem preside, diz:

V. Dominus nos benedicat, et ab omnia libera nos defendat malis et perdutis ad vitam aeternam
R. Amém.

Ou, em português:

V. O Senhor nos abênçoe, nos livre de todo o mal e nos conduza a vida eterna.
R. Amém.
Nas demais horas como acima, nos Nºs 2 e 3.
SE FAZ O SINAL DA CRUZ

No versículo introdutório, (Vinde, ó Deus em meu auxílio); no início de cada Cântico Evangélico (Benedictus, Magnificat e Nunc Dimittis); e no encerramento de cada hora.
SE FAZ O PERSIGNAR-SE NOS LÁBIOS

No início do invitatório ou nas Laudes: "Abri os meus lábios, ó Senhor..."
CELEBRAÇÃO COMUNITÁRIA,
TODOS FICAM DE PÉ:

Nos versículos introdutórios; nos Hinos; no Cântico Evangélico; e na Oração dos Fiéis, Pater Noster, oração concluiva, Bênção e conclusão.
TODOS SE SENTAM

Nos salmos e leitura breve ou longa, (exceto o EVANGELHO que se ouve de pé).
Não irei mais descer em pequenos detalhes da Celebração Comunitária. Quanto essa, leia a IGLH. Fico por aqui.
Felipe Nascimento

sexta-feira, 13 de março de 2009

SIM, SIM! e NÃO, NÃO!

É de assustar como os nossos ministros, especialmente padres e bispos se intimidam diante da sociedade. São poucos os corajosos como o padre Wagner e Dom José Sobrinho. A grande maioria parece estar vivendo a SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, ou coisa parecida. Tem medo de dizer a verdade, pricipalmente à políticos e à mídia.
Ontem a CNBB, através de Dom Geraldo Lyrio Rocha (presidente) e Dom Dimas Lara Barbosa (secretário geral)publicaram uma nota explicando o caso da excomunhão da menina de nove anos que foi estuprada pelo padrasto. No ponto de vista canônico, a CNBB não cometeu nenhum erro. O arcebispo não excomungou ninguém, ele apenas anunciou uma pena, ou seja, a conseqüência que aquele pecado trazia pelo código da Igreja. Mas o problema é que mais uma vez a CNBB caiu no SUBJETIVISMO, quando Dom Dimas disse que "provavelmente as pessoas não estão excomungadas" e "que depende do grau de consciência de casa um".
Ora, ora, sabemos que não existe pecado quando não há conhecimento. Mas para lá, ninguém é burrinho pra não saber que matar é pecado gravíssimo. Todo mundo sabe que o aborto, o assassinato é um ato condenado pela Igreja, portanto, conhecendo a opinião da Igreja há pecado.
O papel desta instituição, é esclarecer o povo brasileiro sobre a doutrina católica, defender os valores cristãos na sociedade e promover as causas comuns entre as dioceses. No entanto, este órgão FUNCIONA COMO UM "SINDICATO PÚBLICO". Na maioria das vezes a CNBB ao invés de esclarecer, confunde, complica mais as coisas. Gosta de fazer pastoral para tudo (que até ajuda), mas isso quando não se infiltra progressistas e teólogos da libertação para burlar a DOUTRINA DO MAGISTÉRIO. Por que ainda, a CNBB não criou uma Pastoral dos Coroinhas? Porque eles são crianças, não precisam de evangelização? Por que também não criou uma Pastoral especial para o Sumorum Pontificum? Para ninguém pedir a Missa Tridentina, uma coisa "ultrapassada"? Cadê a liberdade religiosa neste aspectos? Vale lembrar que a CNBB não faz parte da hierárquia, ninguém é obrigado a acatar as suas decisões, ela é um órgão consultativo.
Ela deu a entender à mídia que o Arcebispo não excomungou (como de fato) que a excomunhão não existiu. Existiu sim, pelo código da igreja. Como diz o blog Igreja Una é o "dito pelo não dito" fala-se uma coisa e se entende outra. Sempre foi assim com a CNBB e sempre será. Desde a reforma conciliar, que as pessoas vem interpretando mal a Igreja, por causa dela. "Não é bem assim." E sem contar as manias.
Para encerrar não adianta virem "os regionalistas afirmando que a Igreja aqui é mais 'solidária' com os oprimidos, mais 'humana e sensível' que a Americana, etc! A lei canônica é uma só, para americanos, europeus e brasileiros." http://igrejauna.blogspot.com/
Pois é, deixo bem claro que não tenho nada contra este órgão, mas para ser fiel a Jesus Cristo, não se pode agradar a Deus e aos homens. Se continuar assim, o que será de nós no fim dos tempos? Precisamos de santos pastores, que carregam sua cruz, lutem pela verdade, e se for preciso derramem seu sangue, "pois quem me negar diante dos homens, eu o negarei diante do meu pai".

quinta-feira, 12 de março de 2009

CARTA A PROPÓSITO DA REMISSÃO DA EXCOMUNHÃO AOS QUATRO BISPOS CONSAGRADOS PELO ARCEBISPO LEFEBVRE


Por Papa Bento XVI
Fonte: Santa Sé


Amados Irmãos no ministério episcopal!
A remissão da excomunhão aos quatro Bispos, consagrados no ano de 1988 pelo Arcebispo Lefebvre sem mandato da Santa Sé, por variadas razões suscitou, dentro e fora da Igreja Católica, uma discussão de tal veemência como desde há muito tempo não se tinha experiência. Muitos Bispos sentiram-se perplexos perante um facto que se verificou inesperadamente e era difícil de enquadrar positivamente nas questões e nas tarefas actuais da Igreja. Embora muitos Bispos e fiéis estivessem, em linha de princípio, dispostos a considerar positivamente a decisão do Papa pela reconciliação, contra isso levantava-se a questão acerca da conveniência de semelhante gesto quando comparado com as verdadeiras urgências duma vida de fé no nosso tempo. Ao contrário, alguns grupos acusavam abertamente o Papa de querer voltar atrás, para antes do Concílio: desencadeou-se assim um avalanche de protestos, cujo azedume revelava feridas que remontavam mais além do momento. Por isso senti-me impelido a dirigir-vos, amados Irmãos, uma palavra esclarecedora, que pretende ajudar a compreender as intenções que me guiaram a mim e aos órgãos competentes da Santa Sé ao dar este passo. Espero deste modo contribuir para a paz na Igreja.









Uma contrariedade que eu não podia prever foi o facto de o caso Williamson se ter sobreposto à remissão da excomunhão. O gesto discreto de misericórdia para com quatro Bispos, ordenados válida mas não legitimamente, de improviso apareceu como algo completamente diverso: como um desmentido da reconciliação entre cristãos e judeus e, consequentemente, como a revogação de quanto, nesta matéria, o Concílio tinha deixado claro para o caminho da Igreja. E assim o convite à reconciliação com um grupo eclesial implicado num processo de separação transformou-se no seu contrário: uma aparente inversão de marcha relativamente a todos os passos de reconciliação entre cristãos e judeus feitos a partir do Concílio – passos esses cuja adopção e promoção tinham sido, desde o início, um objectivo do meu trabalho teológico pessoal. O facto de que esta sobreposição de dois processos contrapostos se tenha verificado e que durante algum tempo tenha perturbado a paz entre cristãos e judeus e mesmo a paz no seio da Igreja, posso apenas deplorá-lo profundamente. Disseram-me que o acompanhar com atenção as notícias ao nosso alcance na internet teria permitido chegar tempestivamente ao conhecimento do problema. Fica-me a lição de que, para o futuro, na Santa Sé deveremos prestar mais atenção a esta fonte de notícias. Fiquei triste pelo facto de inclusive católicos, que no fundo poderiam saber melhor como tudo se desenrola, se sentirem no dever de atacar-me e com uma virulência de lança em riste. Por isso mesmo sinto-me ainda mais agradecido aos amigos judeus que ajudaram a eliminar prontamente o equívoco e a restabelecer aquela atmosfera de amizade e confiança que, durante todo o período do meu pontificado – tal como no tempo do Papa João Paulo II –, existiu e, graças a Deus, continua a existir.
Outro erro, que lamento sinceramente, consiste no facto de não terem sido ilustrados de modo suficientemente claro, no momento da publicação, o alcance e os limites do provimento de 21 de Janeiro de 2009. A excomunhão atinge pessoas, não instituições. Um ordenação episcopal sem o mandato pontifício significa o perigo de um cisma, porque põe em questão a unidade do colégio episcopal com o Papa. Por isso a Igreja tem de reagir com a punição mais severa, a excomunhão, a fim de chamar as pessoas assim punidas ao arrependimento e ao regresso à unidade. Passados vinte anos daquelas ordenações, tal objectivo infelizmente ainda não foi alcançado. A remissão da excomunhão tem em vista a mesma finalidade que pretende a punição: convidar uma vez mais os quatro Bispos ao regresso. Este gesto tornara-se possível depois que os interessados exprimiram o seu reconhecimento, em linha de princípio, do Papa e da sua potestade de Pastor, embora com reservas em matéria de obediência à sua autoridade doutrinal e à do Concílio. E isto traz-me de volta à distinção entre pessoa e instituição. A remissão da excomunhão era um provimento no âmbito da disciplina eclesiástica: as pessoas ficavam libertas do peso de consciência constituído pela punição eclesiástica mais grave. É preciso distinguir este nível disciplinar do âmbito doutrinal. O facto de a Fraternidade São Pio X não possuir uma posição canónica na Igreja não se baseia, ao fim e ao cabo, em razões disciplinares mas doutrinais. Enquanto a Fraternidade não tiver uma posição canónica na Igreja, também os seus ministros não exercem ministérios legítimos na Igreja. Por conseguinte, é necessário distinguir o nível disciplinar, que diz respeito às pessoas enquanto tais, do nível doutrinal em que estão em questão o ministério e a instituição. Especificando uma vez mais: enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canónico na Igreja, e os seus ministros – embora tenham sido libertos da punição eclesiástica – não exercem de modo legítimo qualquer ministério na Igreja.

À luz desta situação, é minha intenção unir, futuramente, a Comissão Pontifícia «Ecclesia Dei» – instituição competente desde 1988 para as comunidades e pessoas que, saídas da Fraternidade São Pio X ou de idênticas agregações, queiram voltar à plena comunhão com o Papa – à Congregação para a Doutrina da Fé. Deste modo torna-se claro que os problemas, que agora se devem tratar, são de natureza essencialmente doutrinal e dizem respeito sobretudo à aceitação do Concílio Vaticano II e do magistério pós-conciliar dos Papas. Os organismos colegiais pelos quais a Congregação estuda as questões que se lhe apresentam (especialmente a habitual reunião dos Cardeais às quartas-feiras e a Plenária anual ou bienal) garantem o envolvimento dos Prefeitos de várias Congregações romanas e dos representantes do episcopado mundial nas decisões a tomar. Não se pode congelar a autoridade magisterial da Igreja no ano de 1962: isto deve ser bem claro para a Fraternidade. Mas, a alguns daqueles que se destacam como grandes defensores do Concílio, deve também ser lembrado que o Vaticano II traz consigo toda a história doutrinal da Igreja. Quem quiser ser obediente ao Concílio, deve aceitar a fé professada no decurso dos séculos e não pode cortar as raízes de que vive a árvore.
Dito isto, espero, amados Irmãos, que tenham ficado claros tanto o significado positivo como os limites do provimento de 21 de Janeiro de 2009. Mas resta a questão: Tal provimento era necessário? Constituía verdadeiramente uma prioridade? Não há porventura coisas muito mais importantes? Certamente existem coisas mais importantes e mais urgentes. Penso ter evidenciado as prioridades do meu Pontificado nos discursos que pronunciei nos seus primórdios. Aquilo que disse então permanece inalteradamente a minha linha orientadora. A primeira prioridade para o Sucessor de Pedro foi fixada pelo Senhor, no Cenáculo, de maneira inequivocável: «Tu (…) confirma os teus irmãos» (Lc 22, 32). O próprio Pedro formulou, de um modo novo, esta prioridade na sua primeira Carta: «Estai sempre prontos a responder (…) a todo aquele que vos perguntar a razão da esperança que está em vós» (1 Ped 3, 15). No nosso tempo em que a fé, em vastas zonas da terra, corre o perigo de apagar-se como uma chama que já não recebe alimento, a prioridade que está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus. Não a um deus qualquer, mas àquele Deus que falou no Sinai; àquele Deus cujo rosto reconhecemos no amor levado até ao extremo (cf. Jo 13, 1) em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. O verdadeiro problema neste momento da nossa história é que Deus possa desaparecer do horizonte dos homens e que, com o apagar-se da luz vinda de Deus, a humanidade seja surpreendida pela falta de orientação, cujos efeitos destrutivos se manifestam cada vez mais.
Conduzir os homens para Deus, para o Deus que fala na Bíblia: tal é a prioridade suprema e fundamental da Igreja e do Sucessor de Pedro neste tempo. Segue-se daqui, como consequência lógica, que devemos ter a peito a unidade dos crentes. De facto, a sua desunião, a sua contraposição interna põe em dúvida a credibilidade do seu falar de Deus. Por isso, o esforço em prol do testemunho comum de fé dos cristãos – em prol do ecumenismo – está incluído na prioridade suprema. A isto vem juntar-se a necessidade de que todos aqueles que crêem em Deus procurem juntos a paz, tentem aproximar-se uns dos outros a fim de caminharem juntos – embora na diversidade das suas imagens de Deus – para a fonte da Luz: é isto o diálogo inter-religioso. Quem anuncia Deus como Amor levado «até ao extremo» deve dar testemunho do amor: dedicar-se com amor aos doentes, afastar o ódio e a inimizade, tal é a dimensão social da fé cristã, de que falei na Encíclica Deus caritas est.


Em conclusão, se o árduo empenho em prol da fé, da esperança e do amor no mundo constitui neste momento (e, de formas diversas, sempre) a verdadeira prioridade para a Igreja, então fazem parte dele também as pequenas e médias reconciliações. O facto que o gesto submisso duma mão estendida tenha dado origem a um grande rumor, transformando-se precisamente assim no contrário duma reconciliação é um dado que devemos registar. Mas eu pergunto agora: Verdadeiramente era e é errado ir, mesmo neste caso, ao encontro do irmão que «tem alguma coisa contra ti» (cf. Mt 5, 23s) e procurar a reconciliação? Não deve porventura a própria sociedade civil tentar prevenir as radicalizações e reintegrar os seus eventuais aderentes – na medida do possível – nas grandes forças que plasmam a vida social, para evitar a segregação deles com todas as suas consequências? Poderá ser totalmente errado o facto de se empenhar na dissolução de endurecimentos e de restrições, de modo a dar espaço a quanto nisso haja de positivo e de recuperável para o conjunto? Eu mesmo constatei, nos anos posteriores a 1988, como, graças ao seu regresso, se modificara o clima interno de comunidades antes separadas de Roma; como o regresso na grande e ampla Igreja comum fizera de tal modo superar posições unilaterais e abrandar inflexibilidades que depois resultaram forças positivas para o conjunto. Poderá deixar-nos totalmente indiferentes uma comunidade onde se encontram 491 sacerdotes, 215 seminaristas, 6 seminários, 88 escolas, 2 institutos universitários, 117 irmãos, 164 irmãs e milhares de fiéis? Verdadeiramente devemos com toda a tranquilidade deixá-los andar à deriva longe da Igreja? Penso, por exemplo, nos 491 sacerdotes: não podemos conhecer toda a trama das suas motivações; mas penso que não se teriam decidido pelo sacerdócio, se, a par de diversos elementos vesgos e combalidos, não tivesse havido o amor por Cristo e a vontade de anunciá-Lo e, com Ele, o Deus vivo. Poderemos nós simplesmente excluí-los, enquanto representantes de um grupo marginal radical, da busca da reconciliação e da unidade? E depois que será deles?

É certo que, desde há muito tempo e novamente nesta ocasião concreta, ouvimos da boca de representantes daquela comunidade muitas coisas dissonantes: sobranceria e presunção, fixação em pontos unilaterais, etc. Em abono da verdade, devo acrescentar que também recebi uma série de comoventes testemunhos de gratidão, nos quais se vislumbrava uma abertura dos corações. Mas não deveria a grande Igreja permitir-se também de ser generosa, ciente da concepção ampla e fecunda que possui, ciente da promessa que lhe foi feita? Não deveremos nós, como bons educadores, ser capazes também de não reparar em diversas coisas não boas e diligenciar por arrastar para fora de mesquinhices? E não deveremos porventura admitir que, em ambientes da Igreja, também surgiu qualquer dissonância? Às vezes fica-se com a impressão de que a nossa sociedade tenha necessidade pelo menos de um grupo ao qual não conceda qualquer tolerância, contra o qual seja possível tranquilamente arremeter-se com aversão. E se alguém ousa aproximar-se do mesmo – do Papa, neste caso – perde também o direito à tolerância e pode de igual modo ser tratado com aversão sem temor nem decência.

Amados Irmãos, nos dias em que me veio à mente escrever-vos esta carta, deu-se o caso de, no Seminário Romano, ter de interpretar e comentar o texto de Gal 5, 13-15. Notei com surpresa o carácter imediato com que estas frases nos falam do momento actual: «Não abuseis da liberdade como pretexto para viverdes segundo a carne; mas, pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros, porque toda a lei se resume nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tomai cuidado em não vos destruirdes uns aos outros». Sempre tive a propensão de considerar esta frase como um daqueles exageros retóricos que às vezes se encontram em São Paulo. E, sob certos aspectos, pode ser assim. Mas, infelizmente, este «morder e devorar» existe também hoje na Igreja como expressão duma liberdade mal interpretada. Porventura será motivo de surpresa saber que nós também não somos melhores do que os Gálatas? Que pelo menos estamos ameaçados pelas mesmas tentações? Que temos de aprender sempre de novo o recto uso da liberdade? E que devemos aprender sem cessar a prioridade suprema: o amor? No dia em que falei disto no Seminário Maior, celebrava-se em Roma a festa de Nossa Senhora da Confiança. De facto, Maria ensina-nos a confiança. Conduz-nos ao Filho, de Quem todos nós podemos fiar-nos. Ele guiar-nos-á, mesmo em tempos turbulentos. Deste modo quero agradecer de coração aos numerosos Bispos que, neste período, me deram comoventes provas de confiança e afecto, e sobretudo me asseguraram a sua oração. Este agradecimento vale também para todos os fiéis que, neste tempo, testemunharam a sua inalterável fidelidade para com o Sucessor de São Pedro. O Senhor nos proteja a todos nós e nos conduza pelo caminho da paz. Tais são os votos que espontaneamente me brotam do coração neste início da Quaresma, tempo litúrgico particularmente favorável à purificação interior, que nos convida a todos a olhar com renovada esperança para a meta luminosa da Páscoa.

Com uma especial Bênção Apostólica, me confirmo
Vosso no Senhor


BENEDICTUS PP. XVI











Vaticano, 10 de Março de 2009.

domingo, 8 de março de 2009

Na Liturgia, especialmente na Missa, Jesus se transfigura!


O 2º domingo da Quaresma tradicionalmente traz o evangelho da Transfiguração. Mas para nós cristãos o que significa a mensagem da Transfiguação? Reflitamos sobre o tema.

Na Quaresma fazemos o caminho da perfeição, do resdescobrimento. Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João e sobe ao Monte Tabor e ali se transfigura. Nisso aparece dois personagens do antigo testamento: Moisés e Elias. É uma cena ilusitada. Duas figuas importantes da tradição judaica: a lei e a justiça. Os apóstolos entram em extase. Lhes são revelados os futuros Mistérios da Salvação, que não compreendem e a exortação do Pai: "Este é o meu Filho muito amado, escutai-o" A escuta do Filho tem sua prefiguração na fidelidade incondicional de Abraão. O pai da Fé não hesita em sacrificar seu próprio Filho. E qual é o nosso sacrifício? Cumprir a nossa missão profética, sacerdotal e real, oferecendo nossas vidas nas mãos do Pai. Vamos explicar o que significa esta tríplice missão.

No Batismo fomos condenados à santidade, para uma vocação santa de Filhos de Deus. Pelo Batismo se tornamos Sacerdotes, Profetas e Reis. Esse sacerdócio, não é que nem o sacerdócio ministerial dos clérigos, mas é o Sacerdócio Comum de oderecer sua vida a Deus como Batizado. A missão profética consiste no anúncio e no testemunho da Palavra. A realeza é o domínio sob o pecado e a caridade cristã.

O apóstolo Paulo, na sua 2ª carta aos Coríntios nos exorta a "não receber em vão a graça de Deus" e a não dar "a ninguém motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja desacreditado". Mas para nós, o que é "receber em vão a graça de Deus"? É deixar de levar a Palavra de Deus para os nossos filhos, familiares e amigos. Pior ainda: quando escandalizamos nossos irmãos, contra-testemunhando nossa Fé, favorecendo a cultura da morte e deixando de cumprir pela palavra e pela vida a "lei da fé" que é a prática daquilo que professamos na "lei da oração". Infelizmente, muitos de nós estão se contrapondo na "lei da oração". Inclusive alguns Ministros da Palavra.

Na Liturgia, principalmente na Santa Missa, se transfigura o Mistério da Salvação, a Liturgia Celeste dos Anjos e o Sacrifício da Cruz. Na Missa, o Mistério da Cruz, agora se transfigura de modo incruento, ou seja, não se renova o martírio doloroso e sangrento, mas sim, as graças e os frutos da Paixão pelo Corpo e Sangue de Cristo nas espécies de pão e vinho. Por isso, para comungar, precisamos estar em ESTADO DE GRAÇA, quer dizer, SEM PECADO GRAVE. "CADA UM EXAMINE SUA CONSCIÊNCIA, SE NÃO É DIGNO DE COMER DO CORPO DO SENHOR". Em perfeito estado de união com seu corpo a Igreja. A COMUNHÃO COM A PALAVRA e a COMUNHÃO COM A EUCARITIA formam UMA SÓ. Por isso que quem comungar sem estar em perfeita comunhão contra a DOUTRINA E A MORAL DA IGREJA, QUE SE AFASTE DA MESA EUCARÍSTICA.

E se por um acaso, tu CAIU POR UM PECADO GRAVE, ou se DESLIGOU DO CORPO MÍSTICO POR UM PECADO PASSIVO DE EXCOMUNHÃO "LATAE SENTENTIAE", ARREPENDA-SE AGORA DE SEUS PECADOS E VOLTE A PARTICIPAR DA "REUNIÃO FESTIVA DE MILHÕES DE ANJOS". PROCURE UM SACERDOTE OU UM BISPO SE FOR O CASO DE EXCOMUNHÃO, CONFESSA-TE E EMENDA-TE DOS TEUS PACADOS. Recorra ao auxílio maternal da Virgem Maria, que acolheu a Pedro arrependido e laça-te no seu colo, para transmitir de geração em geração as graças de Deus. Amém

sexta-feira, 6 de março de 2009

"De nada adianta a Fé sem as obras"


Pois é pessoal. Mais uma vez a carta de São Tiago cai como uma luva nas mãos de CAÓTICOS.

"Como cristão e como católico, lamento profundamente que um bispo da Igreja Católica tenha um comportamento, eu diria, conservador como esse. Ou seja, não é possível que uma menina estuprada por um padrasto tenha esse filho até porque a menina corria risco de vida. Eu acho que, nesse aspecto, a medicina está mais correta que a Igreja. A medicina fez o que tinha que ser feito: salvar a vida de uma menina de nove anos", disse o presidente Lula.

Cristão em quê? No assassinato de vidas inocentes? Depois vai pedir a bênção para o Papa!


Não existe COMUNHÃO PLENA com CRISTO, seja SACRAMENTAL OU ESPIRITUAL SEM estar em Comunhão de DOUTRINA E OBEDIÊNCIA COM A IGREJA SEU CORPO!

Eis a tolice- desculpem a palavra!- dos inteligentes: SEPARAR A CABEÇA DO CORPO!

quarta-feira, 4 de março de 2009

O MESTRE DE CERIMÔNIAS: solução para a "bagunça" litúrgica?

Abaixo coloco um texto muito interessante da Veritatis Splendor. O texto sobre liturgia, não faz nenhuma relação ao Mestre de Cerimônias. A fonte do texto é do site a Sancta Missa e a tradução do grande blog Igreja Una.
Comentários Meus.

RESTAURANDO A BELEZA NA LITURGIA

Por Pe. Scott A. Haynes, SJC

A Festa de Casamento do Cordeiro descrita no Livro da Revelação na verdade descreve a Sagrada Liturgia da Igreja. No clímax do seu divino oficio a noiva reflete a imagem do noivo – a imagem do Verbo encarnado, que é Beleza encarnada. Para o mundo, a máxima “a beleza está nos olhos de quem vê” é um tema subjetivo. Para a noiva de Cristo isto é uma realidade concreta da Encarnação!

Tristemente em nosso tempo, o banal e vulgar invadiram nossos santuários(seguindo a hermenêutica da ruptura modernista), seguindo um desorientado senso de criatividade. (E quem fala que a criatividade não pode faltar?) Nada, entretanto, é mais importante atualmente do que a restauração da beleza na Sagrada Liturgia, a restauração do sagrado.(Através da obediência as rubricas, que aliás CRIATIVIDADE se faz pela aplicação e diversas formas tradicionais das mesmas).

Quando se celebra a Sagrada Liturgia com verdadeira reverência e beleza, a Igreja deve ser capaz de “distinguir entre o sagrado e o profano”.(Mas não é o que acontece quando equipes de liturgia e diversas pastorais se encarregam da celebração). Quando falsas “inculturações” poluem o serviço litúrgico nós podemos estar certos de que “tudo não é válido; tudo não é licito; tudo não é bom”. O secular, o barato, o inferior e o não-artístico “não são maneiras de se cruzar o templo do Senhor”(para isso existe a IGMR- Instrução Geral do Missal Romano, que aliás, passa longe da cabeça das equipes de liturgia e sacerdotes!)

Para se "restaurar o sagrado" nós devemos primeiro e principalmente contemplar a beleza de Cristo na Sagrada Liturgia (nos paramentos, nas imagens, na cruz e nos castiçais) - uma ação sacra que supera todas as outras. Isto começa com a fidelidade exterior às rubricas, mas leva a interna união com Cristo, para "aqueles que o servem devem servi-lo em espírito e verdade".(Além de estar em dia com sua Confissão Sacramental, suas responsabilidades e atitudes). A beleza espiritual da Sagrada Liturgia transforma as vidas dos católicos. De fato, "o encontro com a beleza se
transforma na ponta da flecha que acerta o coração e desta forma abre os nossos olhos".(Principalmente de crianças e jovens). Esta beleza espiritual molda o coração como o de Cristo na beleza moral. E quando a beleza espiritual da Sagrada Liturgia transforma uma alma, o ser humano pode criar coisas belas, como arte, arquitetura, poesia e música.(Liturgia é educação, é cultura)!

Esta beleza humana, formada pela beleza de Cristo na Sagrada Liturgia, imita o gênio criativo de Deus que deu a este mundo uma beleza natural inerente. Quando a bela e radiante face de Cristo Nosso Salvador torna-se o centro do ofício sagrado toda a criação clama com o salmista: tudo o que Ele fez é cheio com o esplendor e beleza".(E não quando o presbitério se torna palco de atração para shows, agitação, animação, aparência para alguns)

Se a beleza da Santa Missa não repousa, em essência, sobre a esplendida beleza da iconografia, das vestimentas, do canto gregoriano ou da arquitetura barroca, por que então a Igreja investiu tanto do seu patrimônio patrocinando estas artes sacras?(E porque certos "grupos" introduzem rock, barulhos e gestos profanos?) Deus colocou um desejo legítimo na alma humana para criar coisas belas porque Ele deseja que os homens compartilhem a criação, uma criação que é boa e bela.

Beleza na liturgia resulta do antigo.(Ah, seus "progressistas"!) É por isso que a liturgia, pela sua própria natureza, necessita do antigo, e assim a liturgia não pode existir sem as rubricas ou cerimônias.(Daí, precisa-se de alguém para manter a "ordem da celebração", ou seja,um MESTRE DE CERIMÔNIAS! ) A beleza erradia pelos gestos da Sagrada Liturgia. Os atos exteriores do culto, como fazer o sinal da cruz, genuflexão, ajoelhar e sentar, tornam-se meios de interiorizar a reverência e beleza nas nossas vidas.(Daí a importância dos Acólitos, cerimoniários e coroinhas bem formados).

"Todo gesto litúrgico, sendo um gesto de Cristo, é invocado para expressar beleza".(O ato de incensar, bater sinetas e levar castiçais). E a beleza transcendental da Liturgia permeia os corações dos homens e nos forma para termos relacionamentos adequados, não apenas com Deus, mas também com nosso vizinho e nos ajuda a transformar a cultura humana.(Infelizmente muitos sacerdotes não pensam assim. Liturgia obedecida a risca, com incenso, velas e cruz não passa de coisa de "antiquado", "tradicionalista"; não tem nada haver com a "mensagem atual") Este é o significado genuíno de "inculturação". Se nós católicos queremos que a beleza inerente da liturgia transforme a "cultura da morte", nós devemos permitir que a Sagrada Liturgia nos molde pelo seu espírito, que é o Espírito de Cristo.(Mas o que acontece é o contrário: o modernismo, a vulgaridade está moldando a liturgia).

Isto significa que, humildemente, nos devemos renunciar a qualquer desejo de fazer a liturgia conforme as modas passageiras.(E devemos imitar a Roma, a tradição) Conseqüentemente, renunciemos às inovações não autorizadas, improvisações, banalidades e ao desorientado senso de criatividade.
SJC, Pe Scott A Haynes. Apostolado Veritatis Splendor: RESTAURANDO A BELEZA NA LITURGIA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5623. Desde 02/03/2009.

Mais uma vez o pecado brada o céu!

Abaixo, coloco a notícia de última hora do jornal o globo. Mais uma vez, ONGs e profissionais da saúde traem a sua missão que é guardar e zelar pela vida desde "a concepção até a morte natural"!
http://oglobo.globo.com/pais/cidades/mat/2009/03/04/menina-de-9-anos-estuprada-por-padrasto-submetida-aborto-em-recife-754680349.asp
O aborto é passível de excomunhão latae sententiae, ou seja, automática. Claro que a criança que não teve opção de escolha e estava disposta a criar a criança na sua mais pura inocência. Pobre criança! Além de carregar os traumas dos abusos do padrasto, ainda vai carregar o drama de não ter carregado, visto, criado, dar a luz o seu primeiro bebê. Resta-nos a oração a esta criança, o acompanhamento da Igreja neste caso (que já está sendo feito pelo arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho) e o longo tratamento psicológico.

O OFÍCIO DIVINO PARTE POR PARTE


Concerteza tu já ouviu falar da LITURGIA DAS HORAS, ORAÇÃO DAS HORAS, BREVIÁRIO e enfim OFÍCIO DIVINO rezado por religiosos, religiosas e sacerdotes. Saiba que ESTA ORAÇÃO NÃO É EXCLUSIVIDADE DOS RELIGIOSOS! Sim, o Concílio Vaticano II através da constituição Sacrossancto Concilium, sobre a liturgia estendeu a todo o povo de Deus.

Constituída de salmos, leituras e hinos a pessoa eleva sua mente e sua voz ao céu. Cantada expressa ainda mais sua eloqüencia.

Para entrar a fundo, leia a IGLH (Instrução Geral da Liturgia das Horas) do Papa Paulo VI.

Saiba que esta oração é tão importante quanto o Rosário. Só não digo que é mais importante, porque o Rosário tem o seu mérito mariano. Mas a LITURGIA DAS HORAS faz PARTE DA LITURGIA, COMO A MISSA. O próprio nome explica, Liturgia (ação do Espírito Santo) nas diversas horas do dia. A Igreja celebra nas diversas horas os momentos da vida de Cristo.

Os Cristãos seguindo o povo hebreu, cumpre o mandato de Cristo, de "orar sem cessar", estendem para o decorrer do dia os "louvores e ações de graças, como também a memória dos mistérios da salvação...contidos no mistério eucarístico" é também "a sua melhor preparação". Nela, os sacerdotes exercem o múnus de "convocar o povo e dirigir a oração". Introduz aqui na terra, a Liturgia celeste e como Igreja reunida suplica "pela salvação do mundo inteiro".

Ainda continuarei falando sobre a LITURGIA DAS HORAS.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

TEMPUS QUADRAGESIMAE- É tempo de reviver o Sacrifício!







Com a celebração das cinzas a Igreja abre o Tempo da Quaresma. Tempo de penitência e conversão. A Igreja, segundo o evangelho nos oferece o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado.



A Liturgia desta 4ª feira de cinzas, nos fala sobre a conversão, "o momento favorável, o dia da salvação" e a hipocrisia dos fariseus. Jesus no evangelho vai nos falar que "ao orar, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu pai que está oculto" e que "quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste, como os hipócritas". Será que é pecado rezar na Igreja?

Jesus insiste é na SINCERIDADE DE CORAÇÃO. A leitura da profecia de Joel, manda reunir as crianças, congregar a assembléia, ou seja, LITURGIA! A penitência comunitária se exprime na AÇÃO LITÚRGICA DO POVO DE DEUS. Mas é preciso vivenciar o SAGRADO, A EXPERIÊNCIA DE UM DEUS MISERICORDIOSO QUE SE DOA NO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA! O sofrimento de um ímpio é castigo, é desespero. Agora, um sofrimento COM DEUS, É UM SACRIFÍCIO DE LOUVOR E DE ALEGRIA PELA SALVAÇÃO.

O Cântico de Jeremias das Laudes de hoje, fala: "Conhecemos nossas culpas e as de nossos ancestrais, pois pecamos contra vós." Assim como o Advento, a Quaresma se reveste de dupla característica: conversão pessoal e comunitária. Pedimos perdão pelos nossos próprios pecados, pedimos perdão pelos erros que nós- OS FILHOS DA IGREJA- cometem na evangelização. Todas às vezes em que nós litugistas, sacerdotes e pastores se omitem no ANÚNCIO DA VERDADE E NA APLICAÇÃO DA LEI. E ISSO COMEÇA NA LITURGIA! E o cântico relata a desgraça do povo hebreu "foi ferida gravemente a virgem filha do meu povo!" O salmo 99 (100) canta o rebanho do Senhor.

Assim, como a CAMPANHA DA FRATERNIDADE que é algo social, assim nós de MODO ESPIRITUAL E PRÁTICO, vamos viver a "LEX ORANDI", não procuando a "MASSA", mas sim procurando transmitir o DEPÓSITO DA FÉ, comtemplando-a no SILÊNCIO DO CORAÇÃO, tornando as nossas comunidades UNA, SANTA E ROMANA.

É TEMPO DE REVIVER O SANTO SACRIFÍCIO!




Façamos de nossas celebrações um VERDADEIRO SACRIFÍCIO DE LOUVOR!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tempo Comum- 1ª parte

O Tempo Comum na Liturgia é aquele tempo em que não se comemora nada de especial, mas também não é um tempo vazio, pois recordamos o ministério público de Jesus. Nesta primeira parte que é do ciclo do Natal, vivemos a "alegria e esperança" pelo anúncio da salvação. A nossa atitude é de escuta atenta da Palavra, pois Jesus ños faz o convite da conversão.



Durante estas semanas a Liturgia nos apresenta os milagres, a atividade missionária e a pessoa de Jesus. Ela nos deixa lições de conversão e sinceridade. O evangelho de hoje nos mostra as curas de Jesus em Genesaré. Em todos os lugares onde ele estava, curava os doentes e expulsava os demônios, ou seja, Jesus é o libertador da nossa alma, das nossas feridas. Veja que esses milagres de Genesaré aconteceram logo depois da multiplicação dos pães e da tempestade no mar. A cura das pessoas se dá pela misericórdia de Jesus e pelo reconhecimento da pessoa de Jesus. Não existe cura (salvação) sem o reconhecimento da pessoa autêntica de Jesus, como Deus e salvador, é um ato de sincera conversão ao projeto divino.

No início do livro do Gênesis, "Deus viu que tudo era bom", que todas as coisas foram criados por amor, para o sumo bem. No entanto, o maligno quis destruir este projeto introduzindo o pecado. Mas Deus envia seu Filho para libertar o seu povo, "pois não quero a morte do pecador, se não que se converta e tenha a vida".

Mas qual é a nossa atitude necessária para ganharmos a vida? Perseverarmos no caminho da justiça e da oração, sendo fiéis a vontade divina; acreditar, celebrar e viver os mistérios da salvação, adorando de corpo e espírito, principalmente na Santa Missa.