terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Cathedra Petri antes e depois do Concílio Vaticano II



Curiosamente, antes do Concílio Vaticano II, a Cátedra de São Pedro, o Trono Papal era rico e exprimia a autoridade de Pedro.
Depois do Vaticano II, ele foi despojado de sua beleza e abandonado nas Celebrações Pontifícias!


O Altar Papal da Basílica que fica sobre a tumba de São Pedro e a cripta dos Papas, também não escapou da sede por novidades. 
Antes o Pontífice sentava na sua Cátedra que simboliza toda a sua jurisdição e não numa passarela removível construída em cima do túmulo do Príncipe dos Apóstolos.

Até a iluminação exuberante que tornava a Basílica um verdadeiro céu e as cortinas e tapetes vermelhos, foram substituídos por essa iluminação menos artística.

Podem me chamar de saudosista, mas ainda sonho em ver uma Missa Papal, com o Trono Pontifício na ábside da basílica, com muito mais povo dentro da mesma, uma iluminação mais artística e a passarela removida de cima do túmulo de São Pedro.

Fonte da Foto: Zelus Domus Tuae

A Festa da Profissão de Fé de São Pedro


Hoje, dia 22 de fevereiro a Igreja desde o século IV celebra a Festa da Cátedra de São Pedro, símbolo da unidade da Igreja, fundada sobre a Fé do Apóstolo Pedro.

Hoje, tive a oportunidade de recitar o Ofício de Leituras. E como me senti bem! Nada como a Liturgia das Horas para se alimentar bem da Palavra de Deus e da Sagrada Tradição! Tudo de clareia, tudo é iluminado pela luz do Magistério da Igreja, através da Patrística dos Santos Padres! É o Espírito Santo que nos comunica a verdade, agora e no "hodie" de nossa história. Verdade revelada e atualizada através da Palavra de Deus e explicada pela Tradição. Não revelada a partir de interpretações pessoais da Bíblia e de sentimentos do coração humano (leia-se: "o senhor me disse isso, me disse aquilo"... "Ai, eu senti isso, eu senti aquilo"...) numa esquizofrênica "Sola Scriptura".

Partindo para o que interessa: Podemos dizer que a Festa da Cátedra de São Pedro (Cathedra Petri, em latim) é também a Festa da Profissão de Fé de Pedro, ou ainda, a Festa da Conversão de São Pedro através do Espírito Santo. Pedro, apesar de todas as suas fraquezas, foi o primeiro homem da história a reconhecer Jesus Cristo, como "verdadeiro Deus e verdadeiro Homem" quando disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16, 16), sem no entanto vacilar ante as opiniões dos homens. Pedro foi o primeiro a professar a Fé e por isso, se tornou o Primeiro dos Príncipes da Igreja. É sobre a sua Profissão de Fé, que se sustenta a Fé da Igreja, o múnus sacerdotal de ensinar, governar e santificar o povo de Deus, "...por isso, eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra eu construirei a minha Igreja". Todos, cada qual a seu modo participa da Fé revelada a Pedro e de sua dignidade e missão, mas só a ele e aos seus sucessores (os Papas e os Bispos em comunhão com ele) tem o poder de ligar e desligar: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus" (Mt 16, 19).

São Leão Magno, na lição de hoje, nos ensina que "o direito de exercer esse poder passou também para os outros apóstolos, e o dispositivo desse decreto atingiu todos os príncipes da Igreja. Mas não é sem razão que é confiado a um só o que é comunicado a todos. O poder é dado a Pedro de modo singular, porque a sua dignidade é superior a de todos os que governam a Igreja". Mais uma vez a Sagrada Tradição confirma a doutrina da Sucessão Apostólica e não obstante, a doutrina da "Colegialidade dos Bispos", do Concílio Vaticano II em comunhão profunda e obediente e não desobediente ao Papa. É através dessa comunhão de Fé, de amor, de obediência ao Sucessor de Pedro, que os pastores possuem a assistência do Espírito santo. 

"Feliz és tu Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu" (Mt 16, 17). A estas Palavras de Jesus, aplicam-se também as Palavras de Jesus a Tomé: "Acreditates Tomé, porque me vistes? Feliz os que creram sem terem visto" (Jo 20, 19) É através dessa graça do Espírito Santo através da Fé da Igreja é que todos nós podemos professar: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo"! (Mt 16, 16) e mais ainda: esta graça não vem espontaneamente do nosso coração e de nossa natureza, mas pela Graça do Espírito Santo que nos é comunicada nas Fontes da Salvação: "Eis o meu Filho muito amado, escutai-o". Logo, o Senhor através de Pedro nos convoca a sermos solidários com ele: "Tu és Pedro, tu és Pedra"! (Mt 16, 18) porque segundo São Leão Magno "tu és pedra, porque és solidário com a minha força. Desse modo, o poder, que me é próprio por prerrogativa pessoal, te será dado pela participação comigo". Ou seja: pela nossa Profissão de Fé em Jesus Cristo, participamos do seu sacrifício, morte e ressurreição e de sua revelação futura. Quem nega a Fé de Pedro, não participa da salvação e dos méritos de Cristo. E nunca, o poder do inferno destruirá esta Igreja. Verdade de Fé revelada. Somos Pedras vivas deste edifício glorioso, Corpo Místico de Cristo que se eleva até os céus.  Esta verdade, através da boca de Pedro, ecoa sobre todo o universo e "chega até os confins da terra a sua voz" (Sl 18, 5). 

"Pedro, roguei por ti para que a tua Fé não desfaleça, tu uma vez confirmado, confirma os teus irmãos" (Lc 22, 32). Nisto consiste a Festa de hoje: o poder Petrino de ensinar e confirmar toda a Igreja na Fé. É na Fé de Pedro que o Papa e os Pastores unidos a ele proclamam a verdade e ensinam os seus súditos.

Atualmente, vivemos no século XXI o perigo da heresia do Sedevacantismo. Crer que a Sé de Pedro está vacante desde o Papa Pio XII, é uma tolice, uma heresia. É desacreditar as Palavras de Jesus a Pedro: "Tu és Pedro e sobre esta pedra, eu construirei a minha Igreja e o poder do inferno não poderá vencê-la". Mais ainda: é afirmar que Deus falhou a sua promessa por mais de 40 anos, sem a assistência Divina. 

O Apóstolo Pedro na sua Primeira Carta, recomenda aos Pastores a apascentar o rebanho que lhes foi confiado de boa vontade e ânimo, não por obrigação; não como tiranos sobre os súditos, mas como modelos para o rebanho. Lembramo-nos dos últimos gestos de Bento XVI, quanto a Reforma-da-reforma e o seu zelo com a Liturgia e a Tradição da Igreja. Nas nossas comunidades e nas nossas famílias, devemos imitar este exemplo do Apóstolo Pedro e do Santo Padre: "Ser imitadores de Cristo, para não dar a ninguém motivo de escândalo". Que Maria, Rainha dos Apóstolos nos ensine a ser modelos de virtude e a confirmar os irmãos na Fé. Amém.

Um Papa americano!

Atendendo ao apelo mundial por um Papa americano, kkk... Apresento a minha sugestão para o único possível Papa americano no próximo conclave: Dom Raymond Leo Cardeal Burke, Arcebispo Emérito de Saint Louis (EUA) e atual Prefeito da Signatura Apostólica, desde junho de 2008.

O purpurado a cada dia que passa só ganha fama de "papabili" e é um grande defensor da Liturgia Romana, principalmente da Forma Extraordinária do Rito Romano e da Reforma-da-reforma. 


Idade: 62 anos (considerado jovem para o Papado, pois a média de idade dos Papas é de 65 anos);

Vantagens: Alinhado com os pensamentos teológicos de Bento XVI, não faria grandes revoluções na Igreja. Tanto modernistas, como tradicionalistas fariam uma "festa" quando a anunciação do "Habemus Papam... Cardinalem Burke". Tanto por ser um não-europeu, quanto por ser um "tradicionalista devoto do Rio Antigo". Seria um tabefe nos modernistas. E também não tem "rabo preso" com acobertamento de padres pedófilos nos EUA.

Desvantagens: a Imprensa mundial iria fazer uma enorme perseguição, acusando-o de acobertamento de padres pedófilos quando era Arcebispo de Saint Louis. A ala comunistóide da Igreja iria levantar uma bandeira contra o "Império norte-americano dentro do Vaticano".

Burke Papa!



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tem gente que vive no lindo mundo colorido de Barney...

Impressiona-me o número de pessoas, padres, professores e psicólogos e etc que cada vez mais aderem aquele mundo colorido, cor-de-rosa. Para ser mais direto, eles pregam um evangelho de um "Jesus Hippie- Paz e amor!" Anti-radical, sem nenhum compromisso. Um Jesus moderno que prega: "tolerai-vos os erros uns dos outros, assim com eu tolerei aos vossos erros". Um Jesus que não é o Jesus do evangelho, que ama, perdoa e salva mas, também castiga, pune e corrige as nossas faltas. Em síntese vivem um novo cristianismo caótico, apostático e romântico.

1º) Caótico: vivem no marasmo do relativismo. Tudo deve se adaptar a realidade de cada um, "se Jesus fosse vivo, seria assim"... Ou ainda, "o evangelho deve se adaptar aos novos tempos". O que deve se adaptar é a forma em que o anúncio do evangelho deve ser feito, JAMAIS A SUA MENSAGEM E O SEU CONTEÚDO!  "céu e a terra passarãomas as Minhas palavras não hão- de passar" (Mt 24, 35); "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno" (Mt 5, 37) e "Conheço tuas obras: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca" (Ap 3, 15-16) Em síntese: vivem a risca a teoria da relatividade de Einstein, numa completa esquizofrenia racional.


2º) Apostático: comete-se a apostasia de aceitar tudo, engolir tudo, defender tudo, obedecer tudo as mais bizarras loucuras irracionais do homem, tudo em nome do amor fraterno, do conveniente e politicamente correto. Mesmo contra a tua consciência, deves aceitar o aborto, o casamento homossexual, a eutanásia, a profanação e sacrilégio das coisas santas e até mesmo blasfêmias ao Santíssimo Nome de Jesus pela "liberdade de expressão" e "caridade ao irmão". Ou seja, tudo pode, MENOS defender com ardor e destemor o Nome de Deus.  “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer pazmas espada" (Mt 10, 34). "Então Pedro e os outros apóstolos responderam: 'É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens'" (At 5, 29).

3º) Romântico: essa é a parte mais notável e visível nestes irmãos: "Jesus pediu tolerância"; "Jesus era simples, pobre"; "O que importa é o coração"... Todos esses argumentos fazem sentido, quando somado a verdadeira caridade que é a verdade que liberta: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará" (Jo 8, 32). Não existe maior caridade do que mostrar o erro ao irmão, reconduzindo a luz da verdade, nua e crua! O "Romantismo Cristão" não tem fundamento nenhum fora da verdadeira caridade cristã: "Sem a verdade, a caridade cai no sentimentalismo" (Caritas in Veritate). Estou me lembrando daquela triste versão, porém bonita da "Lauda Sion" de São Tomás de Aquino, cantada pelos jovens Brasil afora nas celebrações: "Tão simples assim, tão fácil assim"... Amar, sofrer e entregar a vida por nós não é tão fácil como eles pensam... Aliás, a Teologia pós-moderna considera o Evangelho "tão bonito, tão sugestivo"... "Tudo tão humano e tão Divino"...

Resumindo: aqueles que querem restaurar o conceito de amor na sociedade, no fim, são os propagadores de um amor prazeroso, sem compromisso e sem radicalidade com o evangelho. Não aquele amor de "fazer o outro crescer", como dizia a saudosa Zilda Arns e muito menos aquele amor fundamentado na Fé e na Razão. Amar é: fazer o que o outro gosta, entrar na onda. Afinal, "Amo você" ! A Fé, a Razão e o testemunho que se danem...

Vamos todos cantar o hino de Barney:

"Amo você! Você me ama!
Somos uma família feliz.
Com um forte abraço
e um beijo de direi:
'Meu carinho é pra você'".












  

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Não fui eu que acessei o blog quase 1000 vezes!


Infelizmente no mês de fevereiro terei que diminuir as postagens, assim o blog corre o risco de cair.
Uma nova jornada me espera!