terça-feira, 21 de setembro de 2010

"Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia"...

Essa frase de Bento XVI, ilustra bem a situação da Liturgia na Diocese do Rio Grande. Para muitos, a Liturgia não passa de algo cultural, simbólico, sugestivo, "que deve ser adaptado a realidade libertadora das nossas comunidades". Eis que o blog da nossa Diocese nos blinda com uma reportagem da Missa Crioula celebrada na nossa Catedral:













"Quem foi até a Catedral de São Pedro no sábado,18, para a Santa Missa ás 18h encontrou um cenário diferente. O padre Raphael Pinto, pilchado, a bandeira do Rio Grande do Sul no altar e a comentarista trajada de prenda, davam sinal que uma Missa Crioula estava para acontecer"

Com a palavra o Cardeal Ratzinger: “A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado. Muitos pensaram e disseram que a liturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer. Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se : o que nela se manifesta e o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável : discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão… Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio, em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio”.

Portanto a Liturgia não é para nós, é para Deus, nós somos os beneficiários. Então cabe nos aprofundarmos na Fé, e não fazermos palhaçadas como essas!

Um comentário:

  1. Nada melhor do que as palavras do Papa para condenar mais um escândalo litúrgico.

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